John Lewis Gaddis, professor da Universidade de Yale, publicou recentemente A Guerra Fria. O livro, cuja editora é Edições 70 e pertence à colecção História Narrativa, retrata precisamente o período que vai desde as bombas atómicas em Hiroxima e Nagasáqui, em 1945, até 1991 – A Guerra Fria.
Gaddis, nas suas aulas, costuma recomendar aos seus alunos um livro “que exige a leitura de quase 300 páginas só para chegarem a 1962. ‘Não pode abranger mais anos com menos palavras?’ perguntaram alguns delicadamente”. Foi assim que surgiu A Guerra Fria, com cerca de 250 páginas.
Destinado “sobretudo a uma nova geração de leitores para quem a Guerra Fria nunca foi uma ‘actualidade’” e, por isso, de forma simples, John L. Gaddis explica-nos como é que duas superpotências que foram aliadas durante a Segunda Guerra Mundial se transformam em grandes rivais, com capacidade para acabarem com a humanidade. As divergências ideológicas tiveram, de facto, um papel preponderante. O capitalismo que reinava num regime democrático opunha-se ao comunismo da autoritária URSS.
Não querendo aprofundar muito mais para não desfazer o prazer de ler o livro, fica apenas registado que esta é um obra muito interessante.
Sem ser demasiado pormenorizada, descreve e analisa os intervenientes na Guerra, as guerras como a do Vietname e da Coreia e discute importantes teorias sobre a guerra e a política.
Constança V. Santos
(Antiga Aluna da Republica das Letras, actual aluna da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa)